quinta-feira, fevereiro 16

[Livros] - Monografia do Concelho de S.Bartolomeu de Messines

Escrita por Ataíde Oliveira e publicada pela primeira vez em 1909. Nela podemos encontrar, entre outros, dados relativos à história, património e características das gentes do concelho.
O motivo que nos leva a referenciá-lo é a descrição do período compreendido entre 1833 e 36.
entre outros, referenciamos:

  • Ataques dos Guerrilheiros Miguelista a Messines;
  • As perseguições aos "defensores da Santa religião" após a convenção de ÉvoraMonte;
  • O regresso da guerrilha;
  • A captura de Remechido;
  • O julgamento e os argumentos;
  • Remechido e Neutel;

Monografia de Sº Bartolomeu de Messines
Ataide Oliveira
Algarve em Foco 1987 - Faro
Disponivel em Livarias ou Alfarrabistas (actualize esta informação através do nosso mail)



Este texto foi encontrado na web, é extraido da Monografia de Sº Bartolomeu de Messines:

"O período mais dramático da história de S. Bartolomeu de Messines ocorreu durante as lutas liberais. Atente-se na descrição que Ataíde Oliveira faz, na sua obra Monografia de S. Bartolomeu de Messines. “Os habitantes de Messines sofreram então terriveis violencias e agruras. Soffreram agruras e violencias dos ligitimestas com as suas continuas requisições e com ameaças de mortte; soffreram violencias e agruras dos liberaes sob pretexto de que elles auxiliavam os guerrilhas e os favoreciam. De mal com os liberraes por causa dos legitimistas; de mal com estes pelo amôr aos liberaes! (...) Entraram os guerrilhas, commandados por José Joaquim de Sousa Reis – o Remechido -, pela priemira vez, na manhã do dia 19 de Julho de 1833, em S. Bartholomeu de Messines, que então se achava defendido por uma força composta de 45 homens da Guarda Civica. Estes homens em vez de se acharem reunidos em um logar fortificado, estavam aboletados por diversas casas de particulares. Não podendo reunir a tempo quando a povoação foi invadida, não fizeram séria resistencia. Por isso, neste dia, começou a escrever-se a folhinha do martirologio desta povoação. Entre os primeiros que cairam às balas dos guerrilhas contam-se o capitão Manoel Affonso e sua filha, que, para defender o pai, a este se abraçou, sendo ambos travessados pelas mesmas balas.(...) Foi relativamente longo o periodo decorrido até à Convenção de Èvora Monte e em todo elle esteve esta freguesia sob acção dos guerrilhas, que quasi sempre aqui pairaram, principalmente na serra.” O eminente estudioso Silva Lopes na sua Corografia do Reino do Algarve escreve, sobre o famoso combate de Sant’Anna: “Pouco ao Norte de S. Bartholomeu de Messines, fica a ermida de Sant’Anna, perto da qual se deu a desastrosa acção de 24 de Abril de 1834 contra as tropas rebeldes com muitos paizanos armados e commandados por Thomaz Cabreira, não chegando os Constitucionaes a 1400: nella tiveram estes que sentir aperda de muitos bravos, posto que a dos rebeldes fosse maior”. Segue Ataíde Oliveira dizendo: “Neste combate se filiam os odios dos liberaes contra Cabreira e contra Remechido; áquelle por ser o commandante em chefe dos guerrilhas; a este por ser o auctor do plano do combate e talvez a alma da victoria. Daquelle vingaram-se os liberaes, assassinando-o na cadeia de Faro; deste tiraram vingança em um processo, cujas formulas estão em desharmonia com as leis da guerra, pois que em vez de se formular o libello accusatorio, indicando artigo por artigo os crimes de que o réo era accusado, disso não se fez caso, levantando-se em publica audiencia um dos seus vogaes a perguntar ao réo quaes eram os crimes de que elle era accusado. De modo que era o réo que devia formar o libello contra si.”


Texto completo, aqui

1 comentário:

Anónimo disse...

o atalho pra o texto completo nao funciona